Um dos mais belos carros de nosso automobilismo, o GT Malzoni nasceu, em 1964, numa fazenda em Matão, em fibra de vidro, pelas mãos de Rino Malzoni.
Equipado com o tradicionalíssimo conjunto DKW, formado pelo motor dois tempos de três cilindros e tração dianteira, estreou, em 1965, com vitória entre os protótipos no Grande Prêmio das Américas, realizado em Interlagos.
Naquele mesmo ano foram conquistadas mais quatro importantes vitórias, incluindo os 500 Km da Barra da Tijuca.
Entretanto, nas Mil Milhas de 1966, quando a Vemag já havia retirado seu apoio oficial, a equipe realiza uma corrida memorável. Conquistam, com o nome de Equipe Brasil, a segunda colocação, com Mário César de Camargo Filho e Eduardo Scuracchio (Malzoni #10), a terceira posição, com Jan Balder e Emerson Fittipaldi (Malzoni #7) e a quarta, com Norman Casari e Carlos Erimá (Malzoni #4).
Naquela ocasião, Jan Balder e Emerson Fittipaldi ficaram muito próximos da vitória. Quando ocupava a liderança, há quatro voltas do fim, Balder se viu obrigado a realizar uma parada forçada nos boxes, pois o Malzoni passou a rodar com apenas dois cilindros. Foram ultrapassados pela Carreteira #18, pilotada naquela ocasião por Eduardo Celidônio, e pelo Malzoni de Marinho.
Para dar início a produção em série, Rino Malzoni, Milton Masteguin, Mário César Camargo Filho, Luiz Roberto Alves da Costa e Jorge Lettry formam, em 1966, a Automóveis Lumimari Ltda, com sede na Av. Presidente Wilson, 4413, em São Paulo.
Ainda naquele ano, a empresa apresenta no Salão do Automóvel, em São Paulo, a primeira evolução do GT Malzoni: -o Puma GT, com suas linhas inspiradas na Ferrari 275 GT.
Depois, a Lumimari muda sua razão social para Puma Veículos e Motores Ltda. Mas isso é uma outra história, que será abordada em beve.
No mais, fica o convite para que nossos leitores conheçam um pouco mais da história do Malzoni nos excelentes Antigomóveis e Óbvio.



O próprio Emerson Fittipaldi reabastecendo o carro nas Mil Milhas de 66. Final dramático. Crédito Óbvio.