quarta-feira, 26 de novembro de 2008

And the winner is ...

PHIL HILL

1961


Numa época em que a Fórmula 1 foi quase exclusivamente européia, Phil Hill foi o primeiro americano a ganhar um título.

Nascido em Miami, Phil iniciou sua carreira no campeonato de carros esporte em 1953. Em 1954 chegou na Europa e correu nas 24 Horas de Le Mans. Contratado pela Ferrari, ele ganhou sua primeira corrida em 1956, as 6 Horas de Anderstorp. 1958 foi um bom ano, conquistando 4 eventos, incluindo as 24 Horas de Le Mans. Três semanas mais tarde, a Ferrari o contrata para pilotar no mundial de F1.

Na F1 havia estreado na França, com uma Maserati, antes de ser contratado pela Ferrari. Adapta-se rapidamente ao carro e consegue dois terceiros lugares, nas duas últimas provas.

Em 1959 faz sua primeira temporada completa com a Ferrari. Conquistará três pódiuns, apesar do carro já estar ultrapassado. A temporada 1960 vai ser pior como um todo, mas consegue sua primeiro vitória e, para a alegria da Ferrari, em solo italiano, ao ganhar em Monza.

Em 1961 Phil ganha na Bélgica, mas o seu colega alemão, Wolfgang von Trips, é o mais sério candidato ao título mundial. No GP da Itália, Von Trips foi vítima de um acidente em que ele e mais 14 espectadores perdem suas vidas. Phil ganha a prova e o título, por um ponto. Em sinal de luto, a Ferrari estará ausente nos E.U.A.. Nesse mesmo ano ele ganhou as 24 Horas de Le Mans.

A temporada 1962 será um ano de 3 podiums, mas o carro é cada vez menos confiável. Por outro lado, conquista a vitória em Le Mans.

Em 1963 há uma cisão na Ferrari. Carlo Chiti e Romolo Tavoni criam Automobili Turismo e Sport – ATS, para a qual Hill irá pilotar. Entretanto, o carro é decepcionante.

Em 1964, Phil pilotará um Cooper Climax, mas com fracos resultados regressa para os carros esporte.

Vai para a Can-Am em 1966, mas tenta qualificação para o GP da Itália com um Eagle-Climax, sem sucesso.

Finalmente, aos 40 anos, problemas de saúde o obrigam a parar de correr em 1967. Faz isto após ganhar sua última corrida, com carro esporte, na pista onde venceu pela primeira vez: Brands Hatch.

Phil parte para a aposentadoria, mas vai restaurar carros antigos e comentar corridas retro, mantendo um olho sobre a carreira de seu filho Derek.

7 comentários:

Ron Groo disse...

Pena que nem com um campeão mundial deles, os americanos tomaram mais apreço pela F1...
Pena.

Felipão disse...

Um dos pilotos mais injustiçados da história...

Falei sobre isso quando morreu...

Belíssimo texto, oliver...

oliver disse...

Acho que o "pecado" dele foi ter ficado do lado da ATS, quando houve a briga.

Claro foi uma loteria.

Se o carro tivesse dado certo, a história seria outra.

Acho que as próprias equipes funcionam como uma grande corporação e, mutatis mutantis, fizeram com o Phil a mesma coisa que fazem e farão com o Alonso.

Teté M. Jorge disse...

And the winner is... mister oliver!

Pô, amigão, some não! Seus textos são ótimos!

CLAP, CLAP, CLAP!

Beijos e queijos.

P.S. Mas não é pro Felipão ficar brabo não, porque ele aqui é o que há!

De Gennaro Motors disse...

fala amigo ! blz

vc é da BAND amigo?

visite meu blog:

www.degennaromotors.blogspot.com

posso colocar seu link em sites favoritos do meu blog?

Felipão disse...

Não fico brabo nunca com vc, Teca...

E esses textos do oliver são para serem reverenciados mesmo...

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Então, amigo...

Pode colocar o link, sim...

fico muito grato...

E não sou mais da Band não...

Daniel Médici disse...

Ouvi dizer que ele morreu meio que sozinho, lutando contra o parkinson.

A morte deve ter sido uma constante na vida dele. No ano em que estreou na Ferrari, esta mesma equipe perdeu dois pilotos, Musso e Collins. Antes de começar a temporada de 59, Hawthorn faleceria em um acidente de carro. Ser piloto naquela época, e sobreviver, era difícil pra caramba.