segunda-feira, 1 de março de 2010

Raio-X: Bridgestone

Com o fim do reabastecimento durante as corridas, os pilotos deverão guiar o carro com mais cuidado e, ao mesmo tempo, com a velocidade ideal para economizar pneus e tentar evitar uma parada extra.



Além disso, as táticas em relação à forma como as corridas foram administradas nos últimos anos também devem passar por grandes mudanças.

A nova regra está destinada a ter um impacto ainda maior sobre como as equipes abordarão as coisas no sábado, já que elas concordaram em iniciar as corridas com os mesmos compostos utilizados na última parte da classificação.

O assunto acabou rendendo muitas discussões em blogs, fóruns e diversos outros canais de notícias, com os "especialistas" realizando diversos comparativos entre os pilotos que possuem um estilo mais "limpo" de condução versus aqueles que são mais agressivos.

Mas o que a fábrica de pneus tem a dizer a respeito das mudanças e dos testes da pré-temporada?

Em um comunidado bastante esclarecedor, o diretor de desenvolvimento da Bridgestone, o japonês Hirohide Hamashima, elogiou a adoção de compostos mais estreitos na dianteira, "o que melhorou a aderência dos carros".

Com relação à pré-temporada na Espanha, Hamashima lamentou a quantidade limitada de dados coletados em Valência, quando poucas equipes estiveram presentes nos testes.

Por conta da instabilidade climática em Jerez, o dirigente japonês revelou ainda que "haveria muito a aprender no Bahrein se Valência fosse a única jornada de testes com tempo bom e pista seca".

"O clima não esteve perfeito também em Barcelona" disse. "Nos dois primeiros dias, a pista estava 'verde'. Houve chuva no terceiro dia, mas, no fim, esta última rodada de testes foi a mais valiosa de todas".

No texto, Hamashima faz ainda uma análise rápida de todos os quatro compostos disponíveis para a temporada. Segundo ele, o "super macio é um pouco mole demais para um circuito como Barcelona".

"Já o macio," continuou, "foi utilizado para as simulações de longa distância. Tivemos, inclusive, algumas equipes que permaneceram muito tempo na pista com este tipo de pneu, que pode se tornar numa ótima opção de estratégia. Obtivemos, também, ótimos resultados com os compostos médios e duros".

Por fim, Hamashima disse que "as equipes estão olhando com muito cuidado para as estratégias de pit stop".

"Podíamos ver 'stints' maiores do que temos visto recentemente, e as construções de pneus e compostos foram modificados para se adequar".

"Para os que estiverem entre os dez primeiros, há a preocupação adicional de ter de começar a corrida com os mesmos pneus que foram utilizados para qualificação. Será interessante ver como isso funciona na prática nas primeiras corridas. " concluiu.

3 comentários:

Lucas Ferreira disse...

Eu acharia legal a voltas de varias marcas de pneus, como ja teve na Formula 1, mas já vimos como isso pode ser ruim.

Agora eu não sei como a Bridgestone fará pneus tão fortes para aguenta o peso.

Abraços

Ron Groo disse...

Taí, Felipão. Outro assunto que ninguém deu muita trela e você destrinchou muito bem.

Felipão disse...

Valeeeeeu Ron!