quinta-feira, 11 de março de 2010

Como assim?

Graças ao retorno da BMW-Sauber ao grid da Fórmula-1, este ano teremos uma equipe com o nome de uma montadora de sucesso equipada com o motor de um fabricante "concorrente".

Pedro de La Rosa em Valência

Depois de reassumir o controle da equipe de Hinwill, o chefão Peter Sauber teve de correr atrás de um novo parceiro para o fornecimento dos motores.

A preferência se deu pela Ferrari em razão dos serviços prestados pela montadora italiana ao time suíço no passado.

Durante o lançamento do novo modelo C29, Sauber revelou que não mudou o nome da equipe devido as questões relacionadas às receitas da televisão e ao Pacto de Concórdia.

Situações semelhantes, no entanto, já aconteceram na categoria. Durante a primeira temporada de Fórmula-1, por exemplo, o italiano Clemente Biondetti inscreveu uma Ferrari com motor de Jaguar (a história completa pode ser encontrada aqui) no Grande Prêmio da Itália.

Peter Collins no GP de Mônaco de 1956 com uma D50

Em 1956, a Fiat comprou a concorrente Lancia e, depois de um acordo com a Federação Italiana, cedeu os ativos da equipe à Ferrari.

Enzo Ferrari reclamou, mas aceitou a caridade. Rebatizou os modelos da antiga equipe como "Lancia Ferrari" e conquistou o título daquela temporada com o argentino Juan Manuel Fangio.

Tivemos ainda diversas associações desse tipo nas provas da Indy 500, que faziam parte do calendário da categoria.

Como os bólidos da Maserati com motor Offenhauser e as Ferrari “Bardhal”, com motor próprio e chassis Kurtis Kraft.

Nenhum comentário: