O Brabham BT20 travestido com as cores da Gunston
Sob o gênio inventivo de Colin Chapman, a Lotus viveu seus melhores anos, produzindo carros revolucionários e heróis como Jim Clark, Graham Hill, Jochen Rindt, Emerson Fittipaldi, Ronnie Peterson e Mario Andretti.
Desses, coube ao inglês Hill conduzir o Lotus 49, com as cores do cigarro Gold Leaf – um dos primeiros patrocinadores sem qualquer associção com o ramo automotivo --, ao título de 1968.
No entanto, ao contrário do que se diz por aí, Chapman não foi o primeiro a introduzir a indústria tabagista na Fórmula-1, já que a Gold Leaf estreou apenas na segunda etapa do Mundial, na Espanha.
A Lotus que ajudou Love a se sagrar campeão
Para a prova de abertura do Mundial, na África do Sul, que também contava pontos para o certame do continente africano, a Gunston, da Rodésia (hoje Zimbábue), inscreveu dois carros para aquela prova, pilotados por John Love e Sam Tingle.
Logicamente, a empresa não tinha pretensões em relação à F-1, já que atuava apenas no mercado africano. No final da temporada, John Love acabou se sagrando campeão do torneio regional com a mesma Lotus que ajudou Hill a conquistar o segundo lugar em Kyalami.
Sam Tingle e bólido sulafricano LDS
9 comentários:
O campeonato sul-africano de Formula 1 era mesmo um mundo à parte. Os melhores daquele canto de Africa, normalmente Africa do Sul e a então Rodésia, competiam num campeonato que de quando em quando visitava Moçambique. Creio que nehnum dos pilotos que corria em Angola e Moçambique alguma vez participuo nesse campeonato, pois caso contrário teria conhecimento.
A Team Gunston, bem como o campeonato sul africano, existiu até 1975, altura em que foi substituido pelos carros de Formula 5000. Eles chegaram a correr com modelos Lotus 72, com Ian Scheckter ao volante. Sim, era o irmão de Jody, que curiosamente, nunca correu nesse campeonato...
Uma outra coisa: fico impressionado em ver aquela imagem da boxe: familias inteiras a ver a corrida, com Graham Hill a arrancar das boxes a seu lado? Isto não é século passado, é galáxia passada...
Speeder, apesar do perigo iminente, é sensacional...
Tenho verdadeira paixão por esses charutinhos voadores.
Esse post me lembra da série sobre equipes independentes que eu estou fazendo... Belo post, aliás!
belo post, já que eu não fazia ideia desse gunston...mais uma que aprendo no blogsport!
Curioso...
Estava lendo algo sobre o GP de Watkins Glen, USA, em 1961 e me deparei com a seguinte informação:
"[Roger] Penske's car was one of the first instances of commercial sponsorship in F1, painted in bright DuPont Anti-Freeze yellow..." - (da Wikipedia)
É atribuída à Lotus e Colin Chapman a introdução do "patrocínio" na F1... Mas parece que houve outras "tentativas" (ou algo assim) anteriores à segunda etapa da tremporada de 1968: Lotus+Gold Leaf. Ou mesmo à primeira com o Team Gunston!
Talvez tenha sido, sim, o primeiro GRANDE contrato de patrocício...
Belo post... e fotos!
um abraço,
Renayo
Os Brabhan, seja lá com que cor for, é sempre um lindo carro. As linhas são maravilhosas.
MAis uma que aprendo.
UM bom tempo que não volta mais.
Incrível como o cenário sulafricano praticamente morreu nas últimas décadas.
Postar um comentário