Walter Hahn em Interlagos, 1966. Crédito: Saloma do Blog
Projetado por Rigoberto Soler, um renomado professor da FEI, e fabricado inicialmente pela Brasinca, o Uirapuru utilizava o mesmo motor 6 cilindros de 4200cc das C-1416 e caminhões leves da GM, com carburação tripla SU inglesa. De certa forma, o percursor do conceito do Dodge Viper, que também utiliza motor de caminhão.
Graças ao câmbio Clark de três marchas combinado ao diferencial longo, fazia de 0 a 100 km/h sem trocas de marchas, tudo em primeira. Inovador, utilizava carroceria monobloco em chapa de aço, ao contrário de outros lançamentos de fibra de vidro da época. Diziam até que o Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMA, teria um Uirapuru em seu acervo, em razão do desenho marcante da carroceria.
Para alguns, o desenho foi copiado, na "cara dura", pela inglesa Jensen em seu Interceptor, lançado dois anos após apresentação do Uirapuru. Apesar da fama, sua produção foi interrompida por alguns meses, sendo retomada, em 1966, pela STV -- Sociedade Técnica de Veículos, onde Soler era diretor.
Nessa época, decidiu-se criar uma equipe de competições para ajudar na divulgação do carro. Assim, desenvolveram a versão 4200 GT S que, mais potente, podia atingir os 210 km/h. Até mesmo Juca Chaves participou de algumas corridas com um desses modelos. Pouco depois adotaram uma nova versão de competição, o 4200 GT SS, que superava a barreira dos 230 km/h.
Com a volta dos Simca-Abarth para a Europa e o fechamento de algumas equipes importantes de nosso automobilismo, o Uirapuru obteve algum êxito nas pistas, conduzido por Walter Hahn, ex-Simca, e Expedito Marazzi, proprietário de uma conhecida escola de formação para pilotos --além de editor da Revista Quatro Rodas.
Infelizmente, a produção do carro era muito cara, e comercialmente inviável para a época. Assim, optaram por encerrar a produção e, por consequência, as atividades em pistas. No total, até 1967, foram fabricados 77 exemplares, incluindo três conversíveis.
De um leitor do Blog do Gomes: "Esse é o Uirapuru de um amigo alagoano que corria conosco. A foto é dos primórdios do autódromo de Fortaleza, 1972 ou 73, por ai, como você pode ver pelo piso de terra dos boxes e da cerca de segurança em estacas de madeira. Mas a gente mandava ver de qualquer jeito. O carro era branco com as rodas cromadas e sem os pára-choques. Para nós, era o máximo dos máximos".
Projetado por Rigoberto Soler, um renomado professor da FEI, e fabricado inicialmente pela Brasinca, o Uirapuru utilizava o mesmo motor 6 cilindros de 4200cc das C-1416 e caminhões leves da GM, com carburação tripla SU inglesa. De certa forma, o percursor do conceito do Dodge Viper, que também utiliza motor de caminhão.
Graças ao câmbio Clark de três marchas combinado ao diferencial longo, fazia de 0 a 100 km/h sem trocas de marchas, tudo em primeira. Inovador, utilizava carroceria monobloco em chapa de aço, ao contrário de outros lançamentos de fibra de vidro da época. Diziam até que o Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMA, teria um Uirapuru em seu acervo, em razão do desenho marcante da carroceria.
Para alguns, o desenho foi copiado, na "cara dura", pela inglesa Jensen em seu Interceptor, lançado dois anos após apresentação do Uirapuru. Apesar da fama, sua produção foi interrompida por alguns meses, sendo retomada, em 1966, pela STV -- Sociedade Técnica de Veículos, onde Soler era diretor.
Nessa época, decidiu-se criar uma equipe de competições para ajudar na divulgação do carro. Assim, desenvolveram a versão 4200 GT S que, mais potente, podia atingir os 210 km/h. Até mesmo Juca Chaves participou de algumas corridas com um desses modelos. Pouco depois adotaram uma nova versão de competição, o 4200 GT SS, que superava a barreira dos 230 km/h.
Com a volta dos Simca-Abarth para a Europa e o fechamento de algumas equipes importantes de nosso automobilismo, o Uirapuru obteve algum êxito nas pistas, conduzido por Walter Hahn, ex-Simca, e Expedito Marazzi, proprietário de uma conhecida escola de formação para pilotos --além de editor da Revista Quatro Rodas.
Infelizmente, a produção do carro era muito cara, e comercialmente inviável para a época. Assim, optaram por encerrar a produção e, por consequência, as atividades em pistas. No total, até 1967, foram fabricados 77 exemplares, incluindo três conversíveis.
De um leitor do Blog do Gomes: "Esse é o Uirapuru de um amigo alagoano que corria conosco. A foto é dos primórdios do autódromo de Fortaleza, 1972 ou 73, por ai, como você pode ver pelo piso de terra dos boxes e da cerca de segurança em estacas de madeira. Mas a gente mandava ver de qualquer jeito. O carro era branco com as rodas cromadas e sem os pára-choques. Para nós, era o máximo dos máximos".
14 comentários:
Mesmo este projeto não ser tudo o que imaginavam, eu gosto dele, acho que tem um desenho legal... diferente!
Carlos Eduardo Szépkúthy
Nada a acrescentar; simplesmente o grande clássico nacional.
Tem a aparencia de um carro nervoso, e a alma que está por baixo desta lataria não deixa duvidas.
Este eu queria ver de perto, poder tocar nele.
Grande história, Felipão! Até o Juca Chaves já pilotou um desses, que coisa hein. É uma máquina e tanto!
Abraço!
Leandro Montianele
não sabia que o Uirapuru havia participado de corridas...
Felipão: Você sempre contando histórias fantásticas. O Uirapuru sempre será o máximo. Uma verdadeira lenda automobilística do Brasil.
Fantástico.
Abraços.
Uirapuru é um carrão mesmo!Uma lenda nacional!
O legal também é ver fotos do autodromo de Fortaleza, que agora é coberto d emuros e foi salvo graças ao falecido presidente da F-Truck, que me fugiu o nome.
Realmente é uma lenda e andava muito na época, um belíssimo carro.
Até a Policia Rodoviária Estadual teve um,e se não me engano foi na Via Anchieta.
abs
Rapaz, que história empolgante!
Mais ainda com o comentário do leitor no Blog do Gomes.
Viva o Uirapuru!
Beijos.
Belo carro. Vou achar a foto do Uirapuru da polícia que o Joel comentou.
Abs.
Acredito que como o pássaro homônimo, o Uirapuru era fantástico e o ronco de seu motor , deveria ser forte e belo como o cantar do pássaro que compartilha o nome.
Parabéns por mais essa história Felipão.
Abraço!
Nossa, que camarada poético esse Alysson... gostei!
Felipão, você soube desse acidente na fórumla 2 http://www.youtube.com/watch?v=aTDiYS1NVW4&eurl=http%3A%2F%2Ftazio.uol.com.br%2Foutros%2Ftextos%2F12111%2F&feature=player_embedded ?
Beijos.
Teca... Ainda não tinha visto. Valeu pela indicação. Inclusive, vou ver se coloco alguma coisa lá no Motorpasion. Quem sou eu sem a colocaboração de vocÊs??? hehehehe
Beijooooos!!!
Fico feliz de poder contribuir com seu blog espetacular, mas... pô, felipão, o camarada faleceu...
Tava lendo aqui http://esporte.ig.com.br/grandepremio/outrascategorias/f2/2009/07/19/surtees+nao+resiste+aos+ferimentos+e+morre+na+inglaterra+7370949.html
Beijos.
Postar um comentário