
Entretanto, na última hora, Mário Cesar de Camargo, o Marinho, desistiu, pois não sentia muita confiança no carro.
Assim, coube ao destemido Norman Casari conduzir o Carcará ao recorde de 212,9km/h, no ínicio da Rodovia Rio-Santos.
Para a realização do feito, uma exigência: - que o volante fosse substituído por um de madeira com maior diâmetro.
Tudo para tornar a direção mais lenta, já que o recorde seria batido em linha reta.
Um verdadeiro empreendedor, Casari foi dono de concessionárias DKW e pistas de kart no Rio, além de dominar o cenário do automobilismo carioca no final dos anos sessenta.
Chegou a tentar a sorte na Europa, em 1970, onde conquistou bons resultados.
De volta ao Brasil, inaugurou a fase dos grandes patrocinadores no automobilismo brasileiro, nas Mil Milhas, correndo com um Lola T70 Mk3A apoiado pela Brahma.
Foi nessa época que aproveitou o chassis do Carcará para construir o Casari A1, um protótipo pilotado por Jan Balder.
Infelizmente, a carroceria do Carcará, cedida à Glaspac, foi vendida para o "garrafeiro", como sucata de alumínio.
Casari faleceu em 2006, de insuficiência respiratória, três semanas depois de descobrir um câncer.

3 comentários:
Como sempre, uma fonte de conhecimento.
Engraçado, o Norman foi um dos maiores pilotos do seu tempo, mas acabou ficando menos conhecido do que outros, inclusive o próprio Marinho.
Felipão sempre expondo boas histórias...
Parabéns!
Beijos.
Postar um comentário