Morreu na última sexta-feira, aos 83 anos, João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, fundador e dono da extinta fábrica de carros Gurgel.
O engenheiro estava internado no Hospital São Luiz para tratamento do Mal de Alzheimer, uma uma doença degenerativa e incurável.
Sua trajetória começa com a produção de pequenas réplicas do Karmann-Ghia (foto acima), equipadas com motores monocilíndricos. Depois, passou a produzir o Ipanema, com chassi, motor e suspensão Volkswagen.
Em busca de alternativas para a crise do petróleo, concluiu, em 1974, o projeto do Itaipu: -o primeiro carro elétrico da América Latina. Infelizmente, foi derrotado pela autonomia limitada da bateria, que levava dez horas para recarregar.
Depois, vieram outros sucessos. Impossível não lembrar de Xavante, Tocantins, BR-800, Supermini, Carajás, XEF entre outros sucessos.
Com muitas dívidas e sofrendo com a concorrência das montadoras brasileiras, Gurgel pediu concordata na metade de 1993. Tentou ainda um financiamento no valor de 20 milhões de dólares, que foi negado pelo Governo Federal.
Assim, Gurgel foi obrigado a encerrar as atividades da empresa, em 1994.
5 comentários:
A Gurgel foi o último bolsão de resistência das marcas genuinamente nacionais que foram, uma a uma, nocauteadas por políticas governamentais equivocadas, influenciadas pelo lobby de grandes grupos. Que a memória da empresa e de seu incansável fundador sejam preservadas.
Era umhomem a frente do seu tempo .
Uma pena.
Sempre quis ter um daqueles jipes que a Gurgel produzia. Acho lindo.
Pena que quando achamos eles em bom estado são muito caros.
Minha paixão pelos jeepinhos da Gurgem vem desde o inicio dos anos 70,pois eu morava muito proximo a fabrica que foi instalada na Av.do Cursino.Já em 1972 havia uma vitrine na frente onde era mostrado as ultimas novidades Gurgel.À partir de 1975 comecei a usar veiculos da marca Gurgel,tive todos os modelos da marca,só do X15 modelo mais dificil eu tive 3 exemplares,possuo o ultimo modelo produzido no ano 1982 mod 83 o qual uso diariamente e nem penso em trocar.E Felipão obrigado mais uma vez pelo seu comentario em meu Blog.Saudações.
Cara, li muito sobre a história da Gurgel, sendo q ela foi a primeira tentativa real de existir uma montadora 100% brasileira não é?
Pena que Gurgel sempre investiu em idéias ousadas (ou contraditórias) demais para a época.
Vindo para o meu trabalho sempre dou de cara com um BR800 e fico olhando akele carro, racional demais mas não deixa de ser eficiente. Ao lado, um Lada caindo aos pedaços mas ainda andando rs
Grande matéria Felipão
Postar um comentário