quinta-feira, 13 de novembro de 2008

And the winner is ...

JACK BRABHAM

1959 - 1960 - 1966

'Black Jack' Brabham foi um dos melhores pilotos da década de 60. Ele tem a mérito de ser o único a ser campeão com o seu próprio carro.

Nascido em Hurstville, Jack estará atrás de um volante, pela primeira vez, aos 12 anos. É um apaixonado pela mecânica e começa a correr em 1946. Nesta época foi campeão de Nova Gales do Sul e faz uma sociedade com Ron Tauranac, que mais tarde será a equipe Brabham. Em 1954 ele impressiona durante o GP Nova Zelândia. Em sociedade com John Cooper participa no campeonato mundial de F1.

Em 1955 corre o GP da Grã-Bretanha com um Cooper-Bristol e abandonou após 30 voltas. Jack também corre na Fórmula 2 com Cooper, onde ganhou 13 corridas de 1957 a 1960. Também corre uma corrida em 1956 com a Maserati. Em 1957 termina 4 provas, sendo que o sexto em Mônaco foi sua melhor colocação. Em 1958 sua carreira vai realmente começar, disputando sua primeira temporada quase completa (não correu a primeira etapa, em Buenos Aires).

Em 1959, os Cooper Coventry Clímax equipados com motores 2,5 litros eram os mais competitivos. Jack ganha sua primeira prova, em Mônaco. Em seguida, vence o GP da Grã-Bretanha. Com sua regularidade ele abriu as portas do Campeonato. É o seu primeiro título de Campeão Mundial.

1960 será ainda melhor, apesar de um começo difícil, Jack Black vai ganhar 5 provas consecutivas. Na última prova, nos EUA, ele consegue conquistar o quarto lugar empurrando o carro, depois de ficar sem gasolina na última volta. Jack, agora, é bi-campeão mundial.

Mas, em 1961, devido a mudanças no regulamento que o deixam em desvantagem, faz uma temporada sofrível.

Em 1962, com Ron Tauranac, Brabham cria a Motor Racing Developments. Começa a temporada com um Lotus-Climax, mas a Brabham BT3 finalmente estréia na Alemanha. Não corre em Monza, mas ao chegar em quarto, no GP dos Estados Unidos, torna-se o primeiro piloto a marcar pontos com um carro construído por ele mesmo. No ano seguinte, o piloto americano Dan Gurney corre pela equipe. Brabham não ganha nenhuma corrida, mas termina em segundo, no México. Em 1964, Brabham será duas vezes o terceiro colocado, mas a sua equipe ganha 2 corridas em França e México. Em 1965, Jack está menos presente, mas alcança o podium nos EUA.

1966 marcará o renascimento do Jack Black, que obtem 4 vitórias consecutivas e ganha o terceiro título de campeão. Pela primeira vez um piloto ganhou o título mundial guiando seu próprio carro.

No ano seguinte, apesar de 2 vitórias, Brabham perde a corrida pelo título, sendo ultrapassado pelo seu colega Denny Hulme. Mas a situação vai piorar de novo. Em 1968, Jack marca apenas 2 pontos e será ultrapassado por Jochen Rindt. Em 1969, Brabham volta ao pódio, enquanto o belga Jacky Ickx, com duas vitórias, é vice-campeão. 1970 será o último da época do piloto australiano. Primeiro, ele venceu o GP da África do Sul, sua última vitória. Na Grã-Bretanha e Mônaco, a vitória lhe abandonou para acompanhar Jochen Rindt, que vai terminar como campeão póstumo.

Finalmente, depois de 123 corridas, Brabham decidiu retirar-se da concorrência.

Em 1979, Jack Brabham foi o primeiro piloto a receber um título de nobreza da Rainha Elizabeth II, da Inglaterra. Ele continua a correr em corridas retro, apesar de um grave acidente em Goodwood, em 1999, e sua semi-surdez.

10 comentários:

Felipão disse...

Em minha humilde opinião, o Black Jack foi o automobilista mais completo da história...

E não digo como piloto, mas sim como uma pessoa envolvida até a alma no esporte...

Bravo Black

Anônimo disse...

legal saber q, bem antes do Paul Newman, outro piloto se dedicou tanto ao esporte.
Parabéns pelo post.

Gustavo disse...

Bacana esse post, realmente um grande feito vencer com o próprio carro.

Gustavo disse...

Ah, a foto também está sensacional, transmite a emoção da velocidade!

Fábio Andrade disse...

As vezes as pessoas me perguntam "quem você acha que foi o maior piloto da história?" Elas esperam que eu responda Schumacher, Senna, Prost ou Fangio. Com méritos, esses caras foram gênios mesmo. Mas eu sempre digo que apontar três ou quatro pilotos é correr o sério risco de deixar para trás nomes como os de Piquet, Lauda, Stewart, Clark e do Brabham. Esses caras precisam ser lembrados.

Longe de mim querer compará-los, mas acho que o fato de não ter a televisão transmitindo para todo o mundo os feitos dos pilotos dos anos 50/60 até 70 os tornou menores no imaginário popular. É uma pena.

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Eu já disse alguma vez que adoro essa seção?

Ron Groo disse...

E o carro dele era equipado com um motor adaptado de um carro de rua. A Repco, que construiu um motor derivado do bloco do Oldsmobile. Seria mais ou menos como se, para equipar o Copersucar, os irmãos Fittipaldi tivessem recorrido à empresa Metal Leve.
Brabhan merece todos os elogios possíveis.

Luís Augusto disse...

Concordo com o Felipão, ele é um dos maiores nomes do esporte pelo que fez pelo acutomobilismo. E tem aquele episódio em que ele cruzou a linha de chagada empurrando o carro...

oliver disse...

Aew, brigadão pessoal.

fábio andrade, não lembro se tu disse,

mas pode continuar dizendo.


hahahahahahahaha


VALEU.

Marcos Antonio disse...

Jack Brabham é realmente um dos grandes,Vencer com seu próprio carro é algo realmente admirável.

Boa oliver!

Teté M. Jorge disse...

oliver... sempre "o" oliver!

Essa história do Brabham está muito boa, amigão!

Beijos.