Vale a pena acompanhar esse relato do jornalista Marcus Zamponi, retirado de uma coluna da revista Racing.
"(...)Logo após aquele primeiro GP de 1973, eu já estava na Inglaterra, duro, mas orgulhoso de minha recém conquistada função de "aspone" na March, uma indústria de carros de competição.
Eu via os pilotos meio de longe e era louco para participar de algum papo, ouvi-los na intimidade.
Mas não tinha chance.
Belo dia, meu guru da época, o italiano Sandro Angeleri telefonou com o convite: "O que está fazendo? Estou indo jantar com o Rega em Swiss Cottage. Vai cruzar a gente".
Saí babando.
Logo com o Clay Regazzoni? Lancei um desodorante meio vagabundo, escolhi a roupa menos amassada e em meia hora estava lá, um restaurante metido a besta, ao ar livre.
Eles já estavam instalados.
A estrela me recebeu com educação, sempre o maior sorriso no meio do bigode. Eu queria ouvir tudo, saber dos bastidores, captar um pouco daquele arquivão de emoções.
O cara falava, falava ... mas, só de mulher.
Tudo bem, afinal - aleluia! - , era o Clay Regazzoni, eu estava ali de frente para ele e o Sandro meio enviesado. Lá pelas tanta, sinto uma alisada na batata da perna.
Não liguei.
Logo depois outra, e mais outra mansinha, ardilosa. Olhei para o Regazzoni e ele me olhava bem nos olhos, fisionomia séria.
Fiquei na minha.
Outra alisada e imaginei a maior decepção.
Poxa, só faltava meu herói ser veado.
Mais outra e o bicho me encarando.
Aí, quando pintou de novo aquele encosto safado não tive dúvida, mandei o maior bico.
No que eu tentava me recompor, ouvi um miado murcho e um gato saiu do meio de nós, correndo pelo jardim.
Olhei com cara de bunda para o Regazzoni, que ria com gosto.
Aí, ele virou-se para o Sandro e falou em italiano: "Nossa, pensei que o teu amigo estava me alisando...". (...)
"(...)Logo após aquele primeiro GP de 1973, eu já estava na Inglaterra, duro, mas orgulhoso de minha recém conquistada função de "aspone" na March, uma indústria de carros de competição.
Eu via os pilotos meio de longe e era louco para participar de algum papo, ouvi-los na intimidade.
Mas não tinha chance.
Belo dia, meu guru da época, o italiano Sandro Angeleri telefonou com o convite: "O que está fazendo? Estou indo jantar com o Rega em Swiss Cottage. Vai cruzar a gente".
Saí babando.
Logo com o Clay Regazzoni? Lancei um desodorante meio vagabundo, escolhi a roupa menos amassada e em meia hora estava lá, um restaurante metido a besta, ao ar livre.
Eles já estavam instalados.
A estrela me recebeu com educação, sempre o maior sorriso no meio do bigode. Eu queria ouvir tudo, saber dos bastidores, captar um pouco daquele arquivão de emoções.
O cara falava, falava ... mas, só de mulher.
Tudo bem, afinal - aleluia! - , era o Clay Regazzoni, eu estava ali de frente para ele e o Sandro meio enviesado. Lá pelas tanta, sinto uma alisada na batata da perna.
Não liguei.
Logo depois outra, e mais outra mansinha, ardilosa. Olhei para o Regazzoni e ele me olhava bem nos olhos, fisionomia séria.
Fiquei na minha.
Outra alisada e imaginei a maior decepção.
Poxa, só faltava meu herói ser veado.
Mais outra e o bicho me encarando.
Aí, quando pintou de novo aquele encosto safado não tive dúvida, mandei o maior bico.
No que eu tentava me recompor, ouvi um miado murcho e um gato saiu do meio de nós, correndo pelo jardim.
Olhei com cara de bunda para o Regazzoni, que ria com gosto.
Aí, ele virou-se para o Sandro e falou em italiano: "Nossa, pensei que o teu amigo estava me alisando...". (...)
2 comentários:
oliver
CARAMBA.
hahahaha
É Felipão...
Como o tempo muda tudo...
Tente imaginar o mesmo com um Hamilton hoje!
Impossível...
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