Atualmente, muito se tem falado da temporada de 1981, quando a Ferrari demorou a se acertar, ficando sem pontuari inclusive, nas três primeiras corridas.
O 126 CK, bólido daquela temporada, foi pilotado por Gilles Villeneuve e Didier Pironi. Este último, contratado para substituir o campeão de 1979, o sul-africano Jody Scheckter.
Assim como na atual temporada, a Fórmula-1 vivia um período de transição. As mini-saias haviam sido abolidas e o novo regulamento técnico instituiu uma altura mínima de 6 cm do carro em relação ao solo.
Ao contrário de outras equipes, a escuderia italiana preferiu construir um chassi "convencional", enquanto que a McLaren, por exemplo, investiu em seu projeto de fibra de carbono.
Além disso, pela primeira vez em sua história na categoria, Maranello optou em construir um motor turbo.
Logo na primeira corrida, em Long Beach, Gilles Villeneuve realiza uma manobra suicida, ao sair da quinta posição para a ponta. Porém, foi o último a frear e acaba superado por Patrese (Arrows), Reutemann (Williams) e Jones (Williams). O canadense, assim como Pironi, abandona a corrida, com problemas no motor.
Nas duas corridas seguintes, a escuderia volta a sofrer com a falta de confiabilidade do 126 CK. Gilles Villeneuve abandona no Brasil, com problemas no turbo, e na Argentina, com a quebra da transmissão.
Pironi, também fica pelo caminho na chuvosa Jacarepaguá, ao se envolver em uma colisão. Em Buenos Aires, foi a vez do motor atrapalhar os planos do francês.
Correndo em casa, os ferraristas marcam os primeiros pontos com Didier Pironi no Grande Prêmio de San Marino, quarta etapa da temporada. Villeneuve também termina a corrida, porém, fora da zona dos pontos, em sétimo.
Vibrante, Villeneuve não se deixa abater e acaba sendo o responsável pelas duas vitórias da equipe italiana no campeonato.
Na primeira delas, em Mônaco, sexta etapa do Mundial, conta com a sorte. Um dos favoritos no principado, Carlos Reutemann se envolve em um acidente com Mansell (Lotus) logo no início da corrida. Depois, Nelson Piquet (Brabham) abandona após 53 voltas na liderança. Jones (Williams) herda a posição, mas fica pelo caminho quando restavam quatro voltas.
Na etapa seguinte, em Jarama (Espanha), o canadense conquista apenas a sétima colocação no grid. Arisco, logo após a largada aparece em terceiro. Na volta seguinte, já está em segundo, atrás de Alan Jones.
Após rodada do australiano, Gilles assume a liderança e, com dificuldades nas curvas de baixa, passa a travar as rodas dianteiras, freando sempre no limite.
Enquanto isso, Jacques Laffite (Ligier), seguido de Watson (McLaren), passa a atacar Reutemann. A luta dos quatro toma um rumo espetacular, principalmente quando Laffite ultrapassa Reutemann.
Elio de Angelis (Lotus) também se junta ao bolo,tornando o final ainda mais dramático.
E, assim, o diretor de prova, em apenas um movimento, dá a bandeirada para os cinco primeiros - Villeneuve, Laffite, Watson, Reutemann e De Angelis.
Emblemática, aquela seria a última vitória de Gilles Villeneuve na Fórmula 1.
6 comentários:
1981 foi uma temporad amuito complicada pra Ferrari e foi a temporada que teve acho que a maior atuação de Gilles Villeneuve em Jarama. Eu já vi a corrida e segurar quatro pilotos dessa maneira foi algo de outro mundo!
Será que Kimi e Massa tem braço pra tentar chegar perto desse feito em Jarama?
Não.
poucas coisas estão sendo divulgados sobre o deasenvolvimento do carro.....
ficamos sabendo mais sobre os bastidores da novela Difusor...
McLaren, Red Bull, Toyota e Ranault sempre ficamos sabendo que eles estão correndo atras do prejuizo, isso fica bem visivel em algumas corridas, sempre trasendo algo diferente...a Ferrari parece que deu uma congelada... mas acredito que coisas estão sendo feitas em Maranello, no Bahrein vejo que eles podem mostrar alguma evolução....
gostei do seu post, gosto desses lances que trazem passado com o presente... muito interessantes...
cara li em um lugar que depois que as saias foram banidos, os pneus ficaram maiores e muitos carros foram projetados para usarem saias apanharam tbm pq os pneus deixavam os carros mais altos.... confere essa informação?
Confere sim, Kakazu!!!
Essa saida de traseira do Gilles na Argentina é demais. Totalmente clássica.
E essa corrida de Jarama, outra fantastica. Ele segurando todos com sua Ferrari!
Showww
Abraços
Gilles Villeneuve, o "showman" das pistas.
Nunca teremos outro igual...F-A-N-T-Á-S-T-I-CO!!!
Esse post me deu vontade de fazer uma carica dessa Ferrari 126 CK nº 27.
Um abraço.
Felipão, tenho um pôster da rimeira imagem. É impressionante.
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