Quando essa sequência chegou na letra "jota", lembrei prontamente de Jim Clark. Além de ser um de meus favoritos, Clark tem uma história das mais interessantes.
Entretanto, existem inúmeros textos na internet que relatam sua obra e vida. Meu texto, escrito de modo simples, poderia ser apenas mais um entre tantos na internet.
Assim, resolvi contar duas passagens de um personagem pouco conhecido do nosso automobilismo, que esforçou-se para evidenciar o automobilismo nordestino.
Trata-se de Rogério dos Santos, mais conhecido como "Jegue-Voador".
Quando da realização de uma prova do Brasileiro de Marcas, em 1988, Rogério roubou a cena e venceu gente famosa.
Naquela oportunidade, Rogério estava há 12 anos na batalha do automobilismo e ainda era desconhecido do grande público dos autódromos.
Mas, disposto a mudar sua situação, emprestou um carro do usineiro carioca João Batista Lyzandro Gomes e foi disputar aquela que seria a primeira prova do certame, em Interlagos.
O carro, um Passat branco, permanecia imaculado, sem logotipos de patrocinadores. Entretanto, mesmo sem dinheiro, passou a acreditar na vitória logo no início da corrida.
"O carro estava ótimo e quando o Andreas Matheis passou a ter problemas, parei no boxe, troquei um pneu e coloquei combustível. Assim, o carro passou a render mais e venci".
Simples, em suas palavras.
Rogério pode ser lembrado por outro milagre: -levou, praticamente sozinho, uma etapa da Fórmula Uno, um de nossos principais campeonatos nos anos noventa, ao novíssimo circuito de Caruaru.
Paciente, ouviu muitas reclamações, já que os envolvidos não queriam viajar tantas horas para chegar ao autódromo. Negociou com patrocinadores e políticos da cidade, além de se desdobrar para alocar toda a delegação na pequena cidade do Pernambuco. "Fiquei sem dormir durante três dias".
Infelizmente, a corrida para Rogério durou apenas oito voltas, quando abandonou com problemas no monobloco.
Porém, já havia conseguido sua maior vitória, levar o automobilismo brasileiro de ponta para sua cidade.
Ps.: Nesse período de carnaval, vou tirar uns dias de folga. Pode ser que o oliver apareça por aqui, com seus textos sempre fantásticos.
Abraço a todos e bom carnaval.
Se dirigir, não beba. Se for beber, me chame.
14 comentários:
Felipão, não conhecia a história do Jegue Voador. Isso serve para enaltecer o automobilismo do nosso país. Grande matéria, meus parabéns.
Abração e bom feriado!
Leandro Montianele
Outra grande história que eu não conhecia! Blogsport,o melhor da cultura automobilistica!
bom feriado cara!
Essa história do Jegue Voador é fantástica!
Felipão, tô firme aqui, como te falei via e-mail, mas os comentários... escasseando... eita preguiça da gota! Ahahahahaha
Muito samba, suor e cerveja na festa da alegria!
Beijo carinhoso dessa fã incondicional.
Interessante essa história Felipão e parabens ao Jegue voador,mostrou que realmente é um grande esportista.
Por quê "Jegue"?
E o Passatinho era mexido
mecanicamente?
Mais um obstinado do automobilismo nacional... Mais uma que aprendo. Deste eu não sabia exatamente nada.
Bela lembrança, Felipão, já tinha lido qualquer coisa sobre ele. Saudades da Fórmula Uno...
gente, que maravilha!!!!!
essa eu nao conhecia por inteiro
muito bom!
parabens
bjooos
Pena que o automobilismo nordestino foi completamente abandonado. Grande Jegue Voador.
olá Felipão ! blz amigo
pode me mandar um email ?
anota ai: degennaromotors@bol.com.br
OBS: vi que vc tirou o acompanhamento da De Gennaro.....rsrs
veja no meu blog um video que postei !
É Felipão os Seguidores estão confusos parecem que estão fugindo de gente,eu também perdi alguns deve ser problema no Bloguer,afinal não somos tão ruim assim né?
para conhecimento de todos saibam que essa corrida ai esse passat tinha motor turbo ja nessa epoca e fechava a reta com 264 km/h isso quem me falou foi o proprio rogeiro aqui em fortaleza onde tive a oportunidade de conhece-lo
'' um grande piloto ''
Lembro que em 1992 o Rogério chegou em nossa oficina com um monobloco novo e umas caixas contendo o que tinha sobrado do seu uno em uma etapa anterior da F.Uno. Montou seu novo Uno, deixou no primer por falta de tempo não fez os treinos oficiais, já no domingo de manhã chegou e me dissed: Pode apostar tudo que mesmo largando em último 21º eu vou vencer esta prova, dito e feito baixou a quadriculada com o "JEGUE VOADOR VENCEDO".
Bons tempos, abração ao amigo Rogério e família.
Eugênio Tramontini
Encantado RS
Muito bom saber que a passagem do piloto Rogério Santos (JEGUE VOADOR) pelo automobilismo nacional,não foi em vão,a saga do jegue continua! foi com seu filho Brunno Santos que obteve várias alegrias fora e dentro das pistas, e agora, com a terceira geração que é seu neto Rogerio Santos Neto que começa a correr de kart em 2010!tenho certeza que estará bem representado nas pistas,não deixando a bandeira do automobilismo pernambucano cair em abondono.Como grande piloto que é,irá passar toda a sua experiência para o netinho que tem o avô como seu ídolo e piloto preferido.
um abraço,Eduardo Pinheiro
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