sábado, 7 de fevereiro de 2009

De A a Z: Hesketh

O nobre inglês Thomas Alexander Fermor-Hesketh fundou sua equipe, em 1974, sem o apoio de patrocinadores. Hesketh não queria macular o branco de seu carro, construído nos estábulos do castelo da família, com as as cores da plebe.

A corte de Hesketh era formada por alegres mecânicos, mulheres lindíssimas e o hippie James Hunt na condução do carro.

E, para se manter na categoria, alugava modelos antigos e o carro reserva da equipe para pilotos independentes.

No dia 22 de Junho de 1975, Hunt venceu o Grande Prêmio da Holanda, quando a crise financeira já havia se estabelecido na equipe.

Pressionado por sua mãe, lady Hesket, que já não suportava os gastos excêntricos de seu filho, deixou de se hospedar em suítes presidenciais para viver num trailer, onde fazia seu próprio almoço.

Infelizmente, no final de 1975, a associação Hesketh-Hunt, iniciada nos tempos de Fórmula 3, entrou em crise.

As principais revistas inglesas acusavam Hesketh de não pagar os salários de Hunt há vários meses. Quando já era tarde, o nobre tentou comover os ingleses: “Ou consigo um patrocinador para minha equipe, ou serei obrigado a fechá-la”.

Os planos de lorde Hesketh, caso conseguisse um apoio financeiro, seriam fantásticos, já que pretendia iniciar a construção do Hesketh 308C em série e vendê-lo no mercado de Fórmula 1.

O carro mostrou-se competitivo, mas os possíveis patrocinadores não apareceram. Nada restou a não ser a retirada do circo que ele tanto ajudou a promover durante dois anos.

Depois disso, vendeu o espólio da equipe para o milionário canadense Walter Wolf e envolveu-se na produção de motocicletas durante algum tempo.

Trabalhou com Margaret Thatcher e depois tornou-se ministro de indústria e comércio da Inglaterra. Depois, em 1991, tornou-se presidente do British Racing Drivers Club, onde ficou até 1999.

8 comentários:

Helio Herbert disse...

Se já era difícil naquela época imagine hoje onde os custos da F 1
são estratosféricos...

Daniel Médici disse...

Ouvi dizer que os boxes da Hesketh tinham garçons que serviam uísque escocês e cocaína aos convidados, diretores e pilotos.

Um belo contraponto ao paddock atual, comportado e estéril.

Speeder76 disse...

É por estas e por outras que gosto dos anos 70. Muito rebeldes, muito anárquicos, muito fascinantes...

Speeder76 disse...

Já agora, só para acrescentar: foste condecorado com um selinho meu, pelos bons serviços à blogosfera mundial. O link está aí.



http://continental-circus.blogspot.com/2009/02/acontece-sermos-premiados-e-pronto.html

Luís Augusto disse...

Que figura!

Anônimo disse...

dizem as más línguas que o Hunt comia o Hesketh, esse uma tremenda biba...

Rianov disse...

Lord Hesketh, o sr. Excêntrico.

Marcos Antonio disse...

isso que ia falar, que o Lord Hesketh era uma tremenda bichona,ma so Tomé foi mais rápido do que eu!rsrsrsrs