segunda-feira, 25 de agosto de 2008

BUCKNUM, Ronnie

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F1DataBase - Ronnie Bucknum, Honda - Alemanha 1964

Nome Completo: Ronald Bucknum
Apelido: Ronnie Bucknum
Data de Nascimento: 5/04/1936 - Alhambra, EUA
Data de Falecimento: 14/04/1992 - San Luis, EUA - Diabetes
Temporadas: 1964 a 1966
Equipes: Honda
Construtores: Honda
Motores: Honda
Equipe Atual: -
GPs disputados: 14
Não participações: 3
Títulos: -
Vitórias: -
Pódios: -
Pontos: 2
Pole positions: 1
Voltas mais rápidas: -
Voltas na liderança: -
Primeiro GP: Alemanha, 1964
Último GP: México, 1966
Abandonos: 8
Prêmios:
Títulos e Vitórias Importantes:
Curiosidades:

Textos:

Planos interrompidos com a morte de Jo Schlesser

Por Bruno Santos

Em meio ao grande sucesso atual da Brawn GP, muito se tem falado sobre a Honda. Resolvi contar a história da marca na Fórmula 1, dando ênfase aos anos que figurou como um construtor e sobre suas três vitórias na categoria.

A Honda nasceu no ano de 1948, nas mãos e nos sonhos de Soichiro Honda. O principal alvo era a fabricação de motores para motocicletas, logo em seguida vieram a completa construção das motos. Só em 1959, a empresa saiu do Japão e se expandiu, criando uma base em Los Angeles, nos Estados Unidos. Ainda nessa época vieram os primeiros carros da marca.

Como uma qualquer empresa bem estabelecida, precisavam de um caminho para divulgar a marca pelo mundo e a criação de carros de corrida foi uma boa saída encontrada. O projeto começou no ínicio da década de 60, era algo inovador, pois apenas Ferrari e BRM fabricavam o seus próprios conjuntos motor-chassi. O projeto ficou pronto para o final da temporada de 1964.

O piloto escolhido foi o americano Ronnie Bucknum, que faria também sua estréia no Grande Prêmio da Alemanha, sexta prova da temporada. O carro saiu na última posição do grid e Bucknum sofreu um acidente, se retirando ao final da prova. Passado o apreensão da estréia, a equipe voltaria na oitava etapa do mundial, na Itália e na seguinte, nos Estados Unidos. Nas duas, a equipe não terminou a prova.

Para acompanhar o jovem americano, a Honda buscou para 1965 um outro, Richie Ginther. A cinco temporadas na Fórmula 1 e com vários pódios no currículo, mas sem uma vitória, Ginther já tinha sido terceiro no campeonato de 63 e tinha passagens pela BRM e Ferrari e uma fama de ótimo desenvolvedor de carros.

Nas dez etapas do mundial, Ginther correu em oito, enquanto Bucknum correu em apenas seis. Logo na segunda corrida na sua nova equipe, na Bélgica, Richie consegiu o primeiro ponto para a equipe, fato que se repetiria duas etapas depois, na Holanda. Mas o ápice da equipe viria na última etapa, no México, com Bucknum a chegar em quinto e Ginther a vencer a prova, a primeira dele e da Honda também.

(A primeira vitória da equipe, com Ginther. Detalhe para a alusão a bandeira japonesa no carro e a proteção no bueiro)

O projeto crescia para a temporada de 1966, porém o novo chassi desenvolvido se mostrou muito ruim, além de pesado. Ginther fez cinco provas e terminou em quinto na Bélgica e quarto no México. Bucknum correu apenas nas duas últimas e nada acrescentou aos saldos de pontos.

Para o ano seguinte, novas medidas foram tomadas, a começar por um novo chassi e a entrada do piloto que conseguiria a segunda vitória do time, que conto na semana que vem…

Uma História - Ronnie Bucknum na Honda

Por Bruno Santos

Em época de contratações e novos rearranjos dos pilotos para a temporada de 2010, fica evidente este mercado que sempre assolou a Fórmula 1. A escolha do responsável por representar a equipe dentro do carro é regida por vários ideais ou até mesmo interesses que vão além da imaginação.

Em 1964, a Honda finalmente elaborou seu projeto para entrar na Fórmula 1. Assim como para tantas outras marcas, a categoria era uma ótima vitrine para expor o produto e conseguir novos mercados. Era um momento importante para a marca japonesa, que apostava suas fichas no mercado norte-americano.

Sabendo da dificuldade de encontrar um piloto nipônico, a marca foi buscar um representante do oeste dos Estados Unidos. O levantamento dos nomes ficou por conta do representante americano, que deveria escollher quatro pilotos, dois experientes e dois promissores. A lista era encabeçada por Phil Hill, campeão mundial da Fórmula 1 em 1961 pela Ferrari e sem um futuro definido na categoria.

A Honda ficou receosa em assinar com Hill e não se intrometeu quando o americano recebeu uma proposta da equipe Cooper para correr na temporada de 1964. Surgiu o nome, então, de um pilotos de protótipos, Ronnie Bucknum.

Os resultados de Bucknum era bons, mas sua fama se restringia a região da Califórnia. O piloto iria ter a primeira experiência em monopostos justamente nos testes da Honda antes de assinar o contrato. O certo é que o nome de Ronnie causou grande surpresa naquele ano e as indagações não paravam, tanto que ele não cansava de responder:

"Não pense que não perguntei isso a mim mesmo por muitas vezes. Vou lhe contar o que aconteceu, e o que eu penso sobre isso, e você pode tirar suas próprias conclusões ...

"Em primeiro lugar, o Japão nunca correu um GP, que eles não tem muitos pilotos. Em segundo lugar, os Estados Unidos não tem um carro de GP, de modo que a contratação de um americano pela Honda seria bem vista. Agora entendo, há boas razões para que a empresa ter escolhido um piloto americano - vender um lote de motos nos Estados Unidos.

Na verdade a Honda não queria causar muito alarde na nova empreitada, e escolheu um piloto sem grande expressão, para não gerar grandes expectativas e cobranças. Bucknum foi até Tóquio e após algumas voltas com o carro, concluiu:

“Foi a experiência mais assustadora que já tive, e pessoalmente, acho que fui muito mal."

Mesmo com o reconhecimento das dificuldades, Bucknum assinou contrato para correr em quatro etapas na temporada em 1964. Sendo que, como esperado de uma equipe iniciante, os japoneses não compareceram em uma delas, competindo apenas em três.

Nos anos seguintes a tática da Honda ficou evidente, com a contratação do ótimo acertador de carros, Richie Ginther, que levou o time a sua primeira vitória no México, em 1965. O ano seguinte seria o último de Bucknum na equipe. Os planos se tornaram mais audaciosos, com a contratação do campeão John Surtees.

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