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Nome Completo: Michele AlboretoApelido:
Data de Nascimento: 23/12/1956, Milão, Itália
Data de Falecimento: 25 /04/2001, Lausitz, Alemanha
Temporadas: 1981 a 1994
Equipes: Tyrrell, Ferrari, Larrousse, Arrows, Footwork, BMS-Scuderia Itália, Minardi
Construtores: Tyrrell, Ferrari, Lola, Arrows, Footwork, Minardi
Motores: Ford-Cosworth, Ferrari, Lamborghini, Porsche, Mugen-Honda,
Equipe Atual: -
GPs disputados: 194
Não participações: 23
Títulos: -
Vitórias: 5
Pódios: 23
Pontos: 183,50
Pole positions: 2
Voltas mais rápidas: 5
Voltas na liderança: 218
Primeiro GP: San Marino, 1981
Último GP: Austrália, 1994
Abandonos: 102
Prêmios:
Títulos e Vitórias Importantes:
Fórmula 3 Italiana: 1979
Fórmula 3 Européia: 1980
6 horas de Watkins Glen: 1981
6 horas de Silverstone: 1982
1.000km de Nüburgring: 1982
1.000km de Mugello: 1982
12 horas de Sebring: 2001
24 horas de Le Mans: 1997
Curiosidades:
* Iniciou a carreira profissional na Fórmula Monza, em 1977.
* No ano seguinte, disputou três competições simultâneas: a Fórmula Itália, a Fórmula-3 e a Fórmula Abarth - onde conquistou cinco vitórias.
* Conquistou o primeiro título da carreira na Fórmula-3 italiana, em 1979, com três vitórias.
* Em 1980, disputou corridas com protótipos, a Fórmula-3 inglesa e conquistou o Europeu da Fórmula 3, com quatro vitórias.
* Estreou na Fórmula-1 no ano seguinte, em 1981, pela Tyrrell.
* Venceu sua primeira corrida na Fórmula-1 em 1982, no GP de Las Vegas.
* Na temporada seguinte, ainda a bordo de um Tyrrell, venceu o GP dos Estados Unidos, em Detroit.
* Se transferiu para a Ferrari em 1984 e venceu o GP da Bélgica, terminando o Mundial em 4º lugar.
* Em 1985, conquistou o Vice-Campeonato da Fórmula-1 com vitórias no Grande Prêmios do Canadá e da Alemanha.
* Após uma atuação apagada, terminou o Mundial de 1986 na oitava posição, com apenas 14 pontos.
* Com a chegada de Berger na Ferrari, em 1987, Alboreto passou a ser tratado como segundo piloto. Em um ano de poucos resultados positivos, viu seu novo parceiro de equipe vencer duas provas, enquanto marcou apenas 15 pontos.
* Em sua última temporada pela Ferrari, em 1988, teve um segundo lugar em Monza como grande resultado.
* Voltou para a Tyrrell em 1989, onde conquistou um quinto em Mônaco e uma brilhante terceira posição no México.
* Sob contrato da Marlboro, foi obrigado a deixar a equipe quando o chefão Ken Tyrrell assinou um contrato de patrocínio com a Camel.
* Acabou concluindo o Campeonato com a fraquíssima Lola.
* Disputou as três temporadas seguintes, de 1990 a 1992, pela Arrows/Footwork.
* Em 1993, Alboreto voltou a correr com um motor da Ferrari ao acertar um contrato com a Scuderia Itália. Acabou sendo um fiasco
* No ano seguinte, em 1994, disputou sua última temporada na Fórmula-1, com a Minardi.
* Entre 1995 e 1996, disputou provas no DTM, na IMSA, na IRL e nas 24 Horas de Le Mans.
* Venceu, em 1997, as 24 Horas de Le Mans e as 12 Horas de Sebring.
* Morreu durante um teste com a Audi, no dia 25 de abril de 2001, na pista de Lausitzring, na Alemanha.
Textos:
Mais que um simples cigarro
Por Bruno Santos
Um fato comum na história da Fórmula 1 é a determinação de preferências dentro de um time, ao se escolher o primeiro piloto. Nem sempre a decisão é fácil e quase nunca é bem aceita pela parte desfavorecida.
Michele Alboreto surgiu como o piloto capaz de romper a longa fila de espera por um título para os italianos, fardo que perdura até hoje. Após um início marcante na Tyrrell, conseguindo as duas últimas vitórias da equipe na Fórmula 1 nos anos de 1982 e 83, Alboreto chegou até a Ferrari – o namoro era antigo, afinal Enzo Ferrari procurava um substituto para Gilles Villeneuve. O ápice dessa parceria veio no segundo ano, 1985, quando o italiano fez apresentações incríveis e terminou com o vice-campeonato. Nos anos seguintes a Scuderia não conseguiu desenvolver bons carros e Alboreto começou a perder lugar para Gerhard Berger.
Em 1989, a Ferrari anunciou Nigel Mansell e Alboreto adiantou as conversas com Frank Williams – na prática seria uma troca, Mansell no lugar de Alboreto e o italiano na equipe britânica. As conversas seguiram animadas, mas não se chegou a um acordo. O negócio que era dado como certo, falhou. O mercado de contratações estava praticamente fechado e Alboreto sem grandes opções.
Certamente a Tyrrell era de longe uma sombra de tudo que representava para a Fórmula 1, mas o bom relacionamento o fez voltar para a equipe que o havia aberto as portas, mas o italiano não se sentiu em casa:
"A próxima corrida foi em Mónaco, e eu ainda tinha o carro velho. O segundo chassi novo não estava pronto na quinta-feira. Não sei porque Ken fez isso, mas ele disse: ‘O carro novo é para Jonathan (Palmer) , o seu carro vai chegar no sábado.’ Fiquei realmente chateado, depois de tudo que eu tinha feito na F1 e os riscos que tinha tomado em assinar com a Tyrrell. Eu decidi não aceitar isso. Eu não treinei na quinta-feira. Ken ficou muito chateado, mas a carro novo veio para o sábado e eu fiz uma boa corrida e terminei em quinto. A relação era um pouco tensa, mas melhorou depois que eu terminei em terceiro no México e poderia ter terminado em segundo em Phoenix,se a transmissão não quebrasse. Eu estava realmente confiante. Pouco antes de Paul Ricard, Ken me disse que se eu queria correr com ele tinha que me tornar um piloto da Camel.
Se Jonathan Palmer possuia privilégios, Alboreto fazia questão de mostrar serviço na pista. Se o clima começava a melhorar, Ken Tyrrell terminou por celar o destino de Michele na equipe ao assinar com um novo patrocinador, a Camel. Para a tabaqueira era impossível ter um de seus pilotos patrocinados pela concorrência e a história não terminou bem:
"Eu tinha um contrato com a Marlboro de muitos anos e eu não gosto de quebrar contratos. Disse ao Ken para conversar com a Marlboro, mas ele respondeu:’ Não, esse problema é seu.’ Fiquei realmente chateado sobre isso e disse : ‘É isso. Eu vou procurar um outro time para correr. Eu não dirijo mais para esta equipe. Você não tem a mentalidade de um vencedor ‘. Acho que isso é verdade. Ele nunca vai estar de volta como ele já foi uma vez. Não é o mesmo Ken Tyrrell que eu ouvia falar.”
Essas palavras de Alboreto são da época da saída da equipe. Se Ken Tyrrell tinha feito ótimos trabalhos na década de 70, principalmente na chancela de Jackie Stewart, o que veio depois ficou muito abaixo do esperado. Após 15 anos da última vitória, a equipe foi negociada para a BAR. Alboreto também não conseguiu retomar a carreira em grande estilo. Passou os anos a se debater em carros como Larrouse e Minardi até se retirar ao final de 1994.
Por Bruno Santos
Um fato comum na história da Fórmula 1 é a determinação de preferências dentro de um time, ao se escolher o primeiro piloto. Nem sempre a decisão é fácil e quase nunca é bem aceita pela parte desfavorecida.
Michele Alboreto surgiu como o piloto capaz de romper a longa fila de espera por um título para os italianos, fardo que perdura até hoje. Após um início marcante na Tyrrell, conseguindo as duas últimas vitórias da equipe na Fórmula 1 nos anos de 1982 e 83, Alboreto chegou até a Ferrari – o namoro era antigo, afinal Enzo Ferrari procurava um substituto para Gilles Villeneuve. O ápice dessa parceria veio no segundo ano, 1985, quando o italiano fez apresentações incríveis e terminou com o vice-campeonato. Nos anos seguintes a Scuderia não conseguiu desenvolver bons carros e Alboreto começou a perder lugar para Gerhard Berger.
Em 1989, a Ferrari anunciou Nigel Mansell e Alboreto adiantou as conversas com Frank Williams – na prática seria uma troca, Mansell no lugar de Alboreto e o italiano na equipe britânica. As conversas seguiram animadas, mas não se chegou a um acordo. O negócio que era dado como certo, falhou. O mercado de contratações estava praticamente fechado e Alboreto sem grandes opções.
Certamente a Tyrrell era de longe uma sombra de tudo que representava para a Fórmula 1, mas o bom relacionamento o fez voltar para a equipe que o havia aberto as portas, mas o italiano não se sentiu em casa:
"A próxima corrida foi em Mónaco, e eu ainda tinha o carro velho. O segundo chassi novo não estava pronto na quinta-feira. Não sei porque Ken fez isso, mas ele disse: ‘O carro novo é para Jonathan (Palmer) , o seu carro vai chegar no sábado.’ Fiquei realmente chateado, depois de tudo que eu tinha feito na F1 e os riscos que tinha tomado em assinar com a Tyrrell. Eu decidi não aceitar isso. Eu não treinei na quinta-feira. Ken ficou muito chateado, mas a carro novo veio para o sábado e eu fiz uma boa corrida e terminei em quinto. A relação era um pouco tensa, mas melhorou depois que eu terminei em terceiro no México e poderia ter terminado em segundo em Phoenix,se a transmissão não quebrasse. Eu estava realmente confiante. Pouco antes de Paul Ricard, Ken me disse que se eu queria correr com ele tinha que me tornar um piloto da Camel.
Se Jonathan Palmer possuia privilégios, Alboreto fazia questão de mostrar serviço na pista. Se o clima começava a melhorar, Ken Tyrrell terminou por celar o destino de Michele na equipe ao assinar com um novo patrocinador, a Camel. Para a tabaqueira era impossível ter um de seus pilotos patrocinados pela concorrência e a história não terminou bem:
"Eu tinha um contrato com a Marlboro de muitos anos e eu não gosto de quebrar contratos. Disse ao Ken para conversar com a Marlboro, mas ele respondeu:’ Não, esse problema é seu.’ Fiquei realmente chateado sobre isso e disse : ‘É isso. Eu vou procurar um outro time para correr. Eu não dirijo mais para esta equipe. Você não tem a mentalidade de um vencedor ‘. Acho que isso é verdade. Ele nunca vai estar de volta como ele já foi uma vez. Não é o mesmo Ken Tyrrell que eu ouvia falar.”
Essas palavras de Alboreto são da época da saída da equipe. Se Ken Tyrrell tinha feito ótimos trabalhos na década de 70, principalmente na chancela de Jackie Stewart, o que veio depois ficou muito abaixo do esperado. Após 15 anos da última vitória, a equipe foi negociada para a BAR. Alboreto também não conseguiu retomar a carreira em grande estilo. Passou os anos a se debater em carros como Larrouse e Minardi até se retirar ao final de 1994.
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